Síndrome da imunodeficiência
adquirida (SIDA —
em inglês: acquired immunodeficiency syndrome - AIDS) é uma doença do sistema
imunológicohumano causada pelo vírus
da imunodeficiência humana (VIH — em inglês: human immunodeficiency virus - HIV). Durante a infecção inicial, uma pessoa
pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem
qualquer outro sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e
mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros
tipos de doenças, como infecções
oportunistas e câncer, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema
imunológico saudável.
O HIV é transmitido principalmente através de relações
sexuais sem o uso de preservativo (incluindo sexo anal e, até mesmo, oral), transfusões
de sangue contaminado, agulhas hipodérmicas e de
mãe para filho, durante a gravidez, o parto ou amamentação. Alguns fluidos corporais, como saliva e lágrimas, não transmitem o
vírus.
Existem alguns testes para detecção de anticorpos, dente
eles:
ELISA
(teste imunoenzimático): este teste utiliza antígenos virais (proteínas) produzidos
em cultura celular (testes de primeira geração) ou através de tecnologia
molecular recombinante.
Western-blot:
este ensaio envolve inicialmente a separação das proteínas virais por
eletroforese em gel de poliacrilamida, seguida da transferência eletroforética
dos antígenos para uma membrana de nitrocelulose. Geralmente este teste é
utilizado para confirmação do resultado reagente ao teste ELISA (ou seja, teste
confirmatório da infecção), devido à sua alta complexidade e custo. Tem alta
especificidade e sensibilidade.
Imunofluorescência
indireta: fixadas em lâminas de microscópio, as células infectadas (portadoras
de antígenos) são incubadas com o soro que se deseja testar. Depois, são
tratadas com outro soro que contenha anticorpos específicos para imunoglobulina
humana (anti-lg) conjugados a um fluorocromo. A presença dos anticorpos é
revelada por meio de microscopia de fluorescência. Também é utilizada como
teste confirmatório.
Radioimunoprecipitação:
a detecção dos anticorpos decorre de reações com antígenos radioativos.
Outros
testes para detecção de anticorpos: um grande número de testes rápidos para
estudos de campo, triagens de grandes populações e para decisões terapêuticas
em situações de emergência vêm sendo desenvolvidos, geralmente baseados em
técnicas de aglutinação em látex e hemaglutinação.
Programas de prevenção da infecção
perinatal pelo HIV (de mãe para filho) podem reduzir as taxas de
transmissão de 92 a 99%. A
prevenção é principalmente usar uma combinação de medicamentos antivirais
durante a gravidez e após o nascimento do bebê, além de usar mamadeiras ao invés de amamentar
a criança. Se a
substituição da alimentação é aceitável, factível, acessível, sustentável
e segura, as mães devem evitar amamentar seus bebês; a amamentação exclusiva,
porém é recomendada durante os primeiros meses de vida, se este não for o caso. Se a amamentação exclusiva é
realizada, o fornecimento de profilaxia antirretroviral prolongada ao lactente diminui o risco de transmissão do
vírus.
Não existe atualmente nenhuma vacina disponível para o HIV
ou um tratamento que cure o HIV/AIDS. Os únicos métodos conhecidos de prevenção
baseiam-se evitar a exposição ao vírus ou, na falta disto, um tratamento antirretroviral diretamente
após a exposição, chamado profilaxia pós-exposição (PEP). A PEP tem um calendário muito exigente
de quatro semanas de dosagem, além de também ter efeitos secundários muito
desagradáveis, como diarreia, mal estar, náuseas e fadiga. Em 2010 havia mais de 6,6 milhões de pessoas que mantinham
esse tipo de tratamento em países de baixa e média renda.
Mário Felipe Monteiro de Sousa
Acadêmico da Faculdade de Odontologia de Pernambuco
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