quinta-feira, 25 de setembro de 2014

SÍFILIS:DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE

A sífilis é doença infecto-contagiosa crônica, que desafia há séculos a humanidade. Acomete praticamente todos os órgão e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais.
 A OMS estima em 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorréia,
clamídia, tricomoníase). A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum não cultivável e é patógeno exclusivo do ser humano. É destruído pelo calor e falta de umidade, não resistindo muito tempo fora do seu ambiente.
É transmitida pela via sexual e verticalmente durante a gestação, pela placenta da mãe para o feto. Caracteriza-se por períodos de atividade e latência; pelo acometimento sistêmico disseminado e pela evolução para complicações graves em parte dos pacientes que não trataram ou que foram tratados inadequadamente.
As interações entre a sífilis e o vírus HIV iniciam se pelo fato de que ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e transmitir o vírus HIV. A sífilis nos pacientes infectados pelo HIV, não apresenta comportamento oportunista, mas possui características clínicas menos usuais e acometimento do sistema nervoso mais frequente e precoce.
Na maioria dos pacientes infectados com o vírus HIV os testes sorológicos apresentam-se dentro dos padrões encontrados nos pacientes não infectados. Entretanto, resultados atípicos podem ocorrer. A titulação poderá ser muito alta ou muito baixa; flutuações no resultado de exames consecutivos e falsa-negatividade poderão dificultar o diagnóstico laboratorial. A utilização da sorologia poderá ser feita a partir da segunda ou terceira semana após o aparecimento do cancro, quando os anticorpos começam a ser detectados. Dentre os exames, temos o de Provas diretas, que demonstram a presença do T. pallidum e são consideradas definitivas, pois não estão sujeitas à interferência de mecanismos cruzados, isto é, falso positivo. Têm indicação na fase inicial da enfermidade, quando os microorganismos são muito numerosos. Encontram sua indicação na sífilis primária e secundária em lesões bolhosas, placas mucosas e condilomas. Existe também os testes rápidos treponêmicos que são de grande importância no auxílio do diagnóstico devido à leitura imediata. A leitura do teste é feita entre cinco e 20 minutos após sua realização. Entretanto, o teste não deve ser usado como critério exclusivo no diagnóstico da infecção pelo T. pallidum. Esses testes poderão substituir os testes rápidos não treponêmicos, principalmente como testes de triagem. O exame do líquor cefalorraquidiano (LCR) deverá ser indicado nos pacientes que tenham o diagnóstico sorológico de sífilis recente ou tardia com sintomas neurais e em pacientes que mantiverem reações sorológicas sanguíneas apresentando títulos elevados após o tratamento correto. O diagnóstico da sífilis congênita é confirmado por provas diretas com o achado do T. pallidum nas lesões, líquidos corporais ou tecidos. Testes sorológicos do sangue do cordão umbilical e sangue periférico do recém-nato podem ser feitos. Nos casos suspeitos de sífilis congênita, a radiografia dos ossos longos pode oferecer auxílio diagnóstico. As alterações mais características são a osteocondrite, periostite e a osteomielite. A histopatologia  Não é empregada rotineiramente para o diagnóstico.
Em relação ao tratamento, em 1943, Mahoney mostrou que a penicilina agia em todos os estágios da sífilis. A sensibilidade do treponema à droga, a rapidez da resposta com regres são das lesões primárias e secundárias com apenas uma dose são vantagens que permanecem até hoje. A penicilina continua como droga de escolha, e até o momento não foram documentados casos de resistência.
É possível após a leitura do artigo, conhecer os fatores etiológicos, epidemiologia, formas de transmissão, principais exames diagnósticos e tratamento mais adequado para a sífilis.O artigo alerta ainda para a prevenção e controle da doença. Evitar a transmissão da doença consiste na detecção e no tratamento precoce e adequado do paciente e do parceiro, ou parceiros. A prevenção de novos casos deverá ter como estratégia a informação para a população geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis (prostitutas, usuários de drogas intravenosas, etc.) sobre a doença e as formas de evitá-la. Hoje, sabemos que a erradicação da Sífilis e da Sífilis Congênita é um desafio mas que pode se transformar em uma realidade.


Laísa Vila Nova Asfura, Acadêmica do curso de Odontologia da faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE.

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