sexta-feira, 26 de setembro de 2014

INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DO HEMOGRAMA



O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células do sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e prognósticas de grande número de patologias. A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 por meio de critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V.Schilling. Entre todos os exames laboratoriais atualmente solicitados por médicos de todas as especialidades, o hemograma é o mais requerido. Por essa razão reveste-se de grande importância no conjunto de dados que devem ser considerados para o diagnóstico médico, não se admitindo erros ou conclusões duvidosas.
O hemograma é composto por três determinações básicas que incluem as avaliações dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos (ou série branca) e das plaquetas (ou série plaquetária).
Recentemente com a automatização das avaliações das células do sangue, aliada a programas de informática, obtém-se dados sobre diâmetro ou superfície celular, histograma e gráficos de distribuição de células. Especificamente para a série vermelha a automatização fornece o índice RDW que avalia a amplitude da superfície dos eritrócitos.
O hemograma pode ser realizado utilizando equipamentos não automatizados, erroneamente denominados “metodologia manual” e, também, por meio de equipamentos automatizados com ampla variação tecnológica eletrônica associada à informática. Várias publicações científicas comparando as metodologias não automatizada e automatizada demonstram que os resultados obtidos não apresentam diferenças estatisticamente significantes. Entretanto a tendência natural é a substituição gradual pelos equipamentos automatizados.
De qualquer forma, a opção por um ou outro tipo de análise automatizada e não automatizada está relacionada ao número de exames de cada laboratório. A qualidade dos resultados depende da boa execução técnica, interpretação dos valores, manutenção dos equipamentos e constante padronização.
O esfregaço sanguíneo bem feito é composto por três partes: espessa, medial e fina. A coloração é efetuada com corantes que tem em sua composição o azul de metileno, a eosina e o metanol. Há vários tipos de métodos: Leishman, Giemsa, May-Grunwald, Wright, panótico, etc. Alguns desses métodos necessitam de tampão com pH 7.0 e de baixa molaridade (água tamponada). A melhor análise se consegue na porção média do esfregaço, enquanto que na porção fina os eritrócitos e leucócitos aparecem geralmente com deformações artefatuais. Ao percorrer o esfregaço é necessário obedecer um padrão de deslizamento transversal e longitudinal, contemplando o corpo do esfregaço. As morfologias de eritrócitos, leucócitos e plaquetas devem ser mentalizadas na seguinte seqüência de considerações: a) tamanho; b) forma; c) coloração celular; d) inclusões.
Em laboratórios de atendimento público (não hospitalizado) as alterações do hemograma são bem menores quando comparadas com laboratórios que atendem pacientes hospitalizados. A diferença é que nos laboratórios de atendimento público o profissional do laboratório não tem contato direto com os médicos dos pacientes, enquanto que nos laboratórios de hospitais esse contato é quase permanente. Dessa forma, em situações de anemias graves, leucocitoses ou leucopenias acentuadas, de plaquetoses e plaquetopenias intensas, bem como presença de células sanguíneas jovens (blastos), devem ser comunicadas com os médicos dos pacientes. Essa comunicação preferencialmente deve ser feita pessoalmente (telefone) pelo responsável do laboratório, na expectativa de confirmar os resultados com a suspeita clínica do paciente. Por fim, há necessidade que o profissional de laboratório tenha à sua
disposição bons atlas citológicos de hematologia, com as principais alterações celulares das três séries, e que a consulta às informações científicas e tecnológicas sejam constantes.

O artigo nos mostra como as variações de analise laboratorial de um hemograma, além de depois nos explicar, resumidamente, as características de cada célula analisada. 

Discente: Ayanne Santana Pereira da Silva 

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