SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa que acomete
praticamente todos os órgãos e sistemas, e apear de ter tratamento eficaz e de
baixo custo, vem-se mantendo como um problema de saúde pública até os dias
atuais.
O agente da etiológico da sífilis é o Treponema pallidum,
atinge o sistema linfático regional e outras partes.
A sífilis pode ser transmitida através de contato sexual,
pode ser transmitida de forma congênita, passada de mãe para filho e por demais
formas de transmissão (contaminação por agulhas contaminadas, instrumentos
cortantes, etc)
A sífilis pode ser classificada através de sua evolução,
como: primária, secundária, terciária; pode ser classificada através do tempo
de diagnostico como: recente e tardia.
A sífilis primária é o cancro duro, caracteriza-se por uma
pápula de coloração rosa que progride para um vermelho intenso, indolor,
manifestações inflamatórias inexistentes, localiza-se na região genial e o
cancro regride espontaneamente.
A sífilis secundária ocorre após um período de seis a oito
semanas de latência. A doença começa a afetar a pela e os órgãos internos nos
quais o agente etiológico esteja distribuído.
As lesões dermatológicas são chamadas de sifilides e parecem
com maculas de cor avermelhadas, sendo comuns em regiões plantares e palmares.
Na mucosa oral, as lesões apresentam-se de cor esbranquiçada
sobre base erosada, formando placas mucosas que são contagiosas.
A sífilis tem uma sintomatologia incaracterística, como:
mal-estar, anorexia, febre baixa, rouquidão, glomerulonefrite, dores
musculares, etc.
Na fase terciária, a sífilis terciária envolve pele e
mucasas, sistema nervoso e cardiovascular. As lesões nesse estágio são de
pequeno número, endurecidas, bordas bem delimitadas, assimétricas.
Na língua, o acometimento é insidioso e indolor com
espessamento e endurecimento do órgão. Lesões gomosas podem invadir e perfurar
o palato e destruir a base óssea do septo nasal.
Existe a sífilis cardiovascular, que se desenvolve de 10 e
30 anos após infecção inicial, 70% dos doentes possuem aortite, e na maioria
dos casos a doença é silenciosa. O diagnóstico pode ser feito através de
radiografia do tórax evidenciando calcificações lineareas na parede da aorda
ascente e dilatação da aorta.
Quando o treponema atinge as meninges, desencadeia um caso
de neurossífilis, que se inicia de 12 a 18 meses após a infecção, desaparecendo
em 70% dos casos sem tratamento.
Quando o T. pallidum dissemina-se da gestante infectada para
o feto o resultado é a sífilis congênita, essa contaminação pode provocar
abortamento, óbito fetal e morte neonatal em 40% dos conceptos infectados.
As interações entre a sífilis e o vírus HIV acontecem pelo fato das duas são transmitidas
pela via sexual e aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas
aumentam o risco de contrair e transmitir o vírus HIV.
Exames de provas diretasnão sofrem interferência de
mecanismos cruzados, são indicados para a fase inicial da doença. O material
precedente da mucosa oral deverá considerar a possibilidade de dificuldade na
distinção entre o treponema e outros espiroquetas saprófitas da boca, exceto no
caso do teste de imunofluorescencia direta.
O exame campo escuro, é feito através da linfa da lesão e o
material é posto num microscópio com condensador e o T. pallidum é visto vivo e
móvel, um teste rápido e com mais de 97% de especificidade
Um método chamado imunofluorescencia direta é altamente
específico e com sensibilidade maior que 90%.
Os testes não treponêmicos são feitos paratriagem em grupos
populacionais e monitorização do tratamento, usando reações de fixação e
complemento. Esses testes são rápidos e tem o resultado em 60 minutos.
Testes treponêmicos usam o T. pallidum como antígeno e são
usados para confirmar a reatividade de testes não treponêmicos. Existem os
testes TPI e o FTA, este ultimo de rápida execução e baixo custo, podendo
apresentar falso-positivos em doenças auto-imunes, existe o teste PCR que é
útil para diagnóstico de sífilis congênita e neurosífilis. O teste Imunocromatográfico
é rápido e eficaz usando detecção visual e qualitativa de anticorpos. A leitura
é feita de 5 a 20 minutos após realização e tem sua especificidade de 93.7% e
95%.
Além desses testes existe o exame de líquor que retira amostras líquido cefalorraquidiano
contaminado. O exame radiográfico é feito em ossos longos e podem oferecer
auxilio no diagnóstico de sífilis congênita, a histopatologia é pouco empregada
em casos de suspeita de sífilis.
O tratamento da sífilis é feito através de penicilina,
azitromicina, ceftriaxone.
A prevenção e o controle é através da interrupção da cadeia
de transmissão, evitando o contato sexual com pessoas infectadas sem o uso do
preservativo, emprego de penicilina como primeira escolha e nas doses
adequadas.
RESENHA
O artigo feito é de grande importância para o âmbito
acadêmico, apresentando ao aluno uma forma mais direta de conhecimento de uma
doença queestá tão presente no dia-dia.
Faltou ao artigo trazer um pouco mais da visão do cirurgião dentista, enfatizando em: como se precaver contra a sífilis no consultório, o que fazer quando diagnosticar um possível caso de sífilis.
Faltou ao artigo trazer um pouco mais da visão do cirurgião dentista, enfatizando em: como se precaver contra a sífilis no consultório, o que fazer quando diagnosticar um possível caso de sífilis.
Boa parte do artigo foi destinada aos exames feitos para um
diagnostico mais seguro, porém ao meu ver, isso fica a cargo de conhecimento, o
ideal seria mostrar três exames mais seguros a serem pedidos, como entender o
que cada um diz e quais medidas devem ser tomadas imediatamente após o
diagnóstico.
Concluo que o artigo foi bem escrito, tem conteúdo bom e
bastante elucidativo para o aluno.
Ivo Almeida
Graduando FOP UPE 2014.2 7-Ob
Graduando FOP UPE 2014.2 7-Ob
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