sexta-feira, 26 de setembro de 2014

SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE

SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE

A sífilis é uma doença infecto-contagiosa que acomete praticamente todos os órgãos e sistemas, e apear de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como um problema de saúde pública até os dias atuais.
O agente da etiológico da sífilis é o Treponema pallidum, atinge o sistema linfático regional e outras partes.
A sífilis pode ser transmitida através de contato sexual, pode ser transmitida de forma congênita, passada de mãe para filho e por demais formas de transmissão (contaminação por agulhas contaminadas, instrumentos cortantes, etc)
A sífilis pode ser classificada através de sua evolução, como: primária, secundária, terciária; pode ser classificada através do tempo de diagnostico como: recente e tardia.
A sífilis primária é o cancro duro, caracteriza-se por uma pápula de coloração rosa que progride para um vermelho intenso, indolor, manifestações inflamatórias inexistentes, localiza-se na região genial e o cancro regride espontaneamente.
A sífilis secundária ocorre após um período de seis a oito semanas de latência. A doença começa a afetar a pela e os órgãos internos nos quais o agente etiológico esteja distribuído.
As lesões dermatológicas são chamadas de sifilides e parecem com maculas de cor avermelhadas, sendo comuns em regiões plantares e palmares.
Na mucosa oral, as lesões apresentam-se de cor esbranquiçada sobre base erosada, formando placas mucosas que são contagiosas.
A sífilis tem uma sintomatologia incaracterística, como: mal-estar, anorexia, febre baixa, rouquidão, glomerulonefrite, dores musculares, etc.
Na fase terciária, a sífilis terciária envolve pele e mucasas, sistema nervoso e cardiovascular. As lesões nesse estágio são de pequeno número, endurecidas, bordas bem delimitadas, assimétricas.
Na língua, o acometimento é insidioso e indolor com espessamento e endurecimento do órgão. Lesões gomosas podem invadir e perfurar o palato e destruir a base óssea do septo nasal.
Existe a sífilis cardiovascular, que se desenvolve de 10 e 30 anos após infecção inicial, 70% dos doentes possuem aortite, e na maioria dos casos a doença é silenciosa. O diagnóstico pode ser feito através de radiografia do tórax evidenciando calcificações lineareas na parede da aorda ascente e dilatação da aorta.
Quando o treponema atinge as meninges, desencadeia um caso de neurossífilis, que se inicia de 12 a 18 meses após a infecção, desaparecendo em 70% dos casos sem tratamento.
Quando o T. pallidum dissemina-se da gestante infectada para o feto o resultado é a sífilis congênita, essa contaminação pode provocar abortamento, óbito fetal e morte neonatal em 40% dos conceptos infectados.
As interações entre a sífilis e o vírus HIV  acontecem pelo fato das duas são transmitidas pela via sexual e aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e transmitir o vírus HIV.
Exames de provas diretasnão sofrem interferência de mecanismos cruzados, são indicados para a fase inicial da doença. O material precedente da mucosa oral deverá considerar a possibilidade de dificuldade na distinção entre o treponema e outros espiroquetas saprófitas da boca, exceto no caso do teste de imunofluorescencia direta.
O exame campo escuro, é feito através da linfa da lesão e o material é posto num microscópio com condensador e o T. pallidum é visto vivo e móvel, um teste rápido e com mais de 97% de especificidade
Um método chamado imunofluorescencia direta é altamente específico e com sensibilidade maior que 90%.
Os testes não treponêmicos são feitos paratriagem em grupos populacionais e monitorização do tratamento, usando reações de fixação e complemento. Esses testes são rápidos e tem o resultado em 60 minutos.
Testes treponêmicos usam o T. pallidum como antígeno e são usados para confirmar a reatividade de testes não treponêmicos. Existem os testes TPI e o FTA, este ultimo de rápida execução e baixo custo, podendo apresentar falso-positivos em doenças auto-imunes, existe o teste PCR que é útil para diagnóstico de sífilis congênita e neurosífilis. O teste Imunocromatográfico é rápido e eficaz usando detecção visual e qualitativa de anticorpos. A leitura é feita de 5 a 20 minutos após realização e tem sua especificidade de 93.7% e 95%.
Além desses testes existe o exame de líquor  que retira amostras líquido cefalorraquidiano contaminado. O exame radiográfico é feito em ossos longos e podem oferecer auxilio no diagnóstico de sífilis congênita, a histopatologia é pouco empregada em casos de suspeita de sífilis.
O tratamento da sífilis é feito através de penicilina, azitromicina, ceftriaxone.
A prevenção e o controle é através da interrupção da cadeia de transmissão, evitando o contato sexual com pessoas infectadas sem o uso do preservativo, emprego de penicilina como primeira escolha e nas doses adequadas.
RESENHA
O artigo feito é de grande importância para o âmbito acadêmico, apresentando ao aluno uma forma mais direta de conhecimento de uma doença queestá tão presente no dia-dia.
Faltou ao artigo trazer um pouco mais da visão do cirurgião dentista, enfatizando em: como se precaver contra a sífilis no consultório, o que fazer quando diagnosticar um possível caso de sífilis.
Boa parte do artigo foi destinada aos exames feitos para um diagnostico mais seguro, porém ao meu ver, isso fica a cargo de conhecimento, o ideal seria mostrar três exames mais seguros a serem pedidos, como entender o que cada um diz e quais medidas devem ser tomadas imediatamente após o diagnóstico.
Concluo que o artigo foi bem escrito, tem conteúdo bom e bastante elucidativo para o aluno.

Ivo Almeida
Graduando FOP UPE 2014.2 7-Ob

Nenhum comentário:

Postar um comentário