sexta-feira, 26 de setembro de 2014

HEMOSTASIA E DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO


     “Série  complexa  de  fenômenos biológicos  que  ocorre  em  imediata  resposta  à  lesão  de  um  vaso  sanguíneo  com objetivo  de  deter  a  hemorragia.” Assim podemos definir a hemostasia, que inclui 3 processos, que são: A hemostasia primária, a coagulação ou hemostasia secundária e o sistema fibrinolítico.
     No início da hemostasia (primária), evidenciamos a vasoconstricção e alteração na permeabilidade vascular. Na hemostasia secundária vemos a conversão do tampão plaquetário em tampão hemostático graças a conversão do fibrinogênio em fibrina e Após a formação do coágulo, o sistema fibrinolítico começa a atuar removendo a fibrina formada em excesso e o sangue volta a fluir normalmente no interior do vaso restaurado.  
     É de suma importância a anamnese em pacientes com distúrbios de coagulação (como em qualquer outro, já que é a partir dela que nós descobrimos vários fatores importantes para um correto diagnóstico e tratamento). Durante a avaliação clínica deve-se buscar informações sobre sangramentos anormais,  para após isso, com os exames laboratoriais saber a causa daqueles sangramentos.
      O coagulograma determina, principalmente, o perfil quantitativo dos elementos envolvidos no processo de coagulação,determinando se os diversos componentes da hemostasia estão dentro de limites compatíveis com a coagulação normal. São eles: tempo de sangramento, contagem de plaquetas, tempo de tromboplastina parcial e ativador , tempo de protrombina, tempo de trombina, dosagem de fibrinogênio.
      Os distúrbios da coagulação,são alterações congênitas, hereditárias ou adquiridas. Dentro das alterações congênitas, temos as hemofilias,A e B, que são caracterizadas pela deficiência do fator VIII (hemofilia clássica) e IX respectivamente. Além disso, existe a Doença de von Willebrand, caracterizada pela deficiência do fator de Von Willebrand (VIII:vW) de caráter hereditário dominante e autossômico afeta tanto a hemostasia primária —pois funciona como mediador da adesividade plaquetária — quanto a secundária, que regula a produção ou liberação do fator VIII:C que participa da via intrínseca.
       O artigo faz uma síntese  de um tema de suma importância que é a hemostasia e distúrbios de coagulação. Elucida as fases da hemostasia, alguns distúrbios mais comuns, como a hemofilia e o exame crucial para o evidenciação dessas situações que é o coagulograma. Faz um alerta para nós profissionais de algo que algumas vezes negligenciamos, que é a anamnese. Que no caso de distúrbios de coagulação (e em qualquer outra situação) é de extrema importância para um tratamento adequado do paciente.

Luíse Manuelle Souza Correia

Acadêmica do curso de odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Universidade de Pernambuco (FOP/UPE).

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