AIDS: ETIOLOGIA, CLÍNICA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
AIDS ou síndrome da imunodeficiência adquirida foi
descoberta em 1981 nos EUA em pacientes homossexuais, sexo masculino em Nova
York. Estes tinham sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e
comprometimento do sistema imunológico.
O HIV-1 e HIV-2 passaram a infectar o homem entre os anos 40
e 50.
O HIV é um retrovírus com genoma RNA, necessita de uma
enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA
viral para a cópia do RNA viral para uma cópia do DNA, integrando-se ao genoma
do hospedeiro.
O vírus HIV é bastante lábil no meio externo, sendo
inativado por variações físicas ou químicas. As partículas virais podem
sobreviver à temperatura ambiente durante 15 dias.
A AIDS pode ser transmitida de forma sexual, sanguínea
(instrumentos perfuro-cortantes contaminados) e vertical (de mãe para filho),
existe também a transmissão ocupacional que é mais frequente em profissionais
de saúde. Fatores como: profundidade e extensão do ferimento, presença de
sangue visível no instrumento que produziu o ferimento, paciente com carga
viral elevada, etc.
A prevenção e controle é feito por uso de preservativos,
seringas e agulhas descartáveis, uso de EPIs, uso das normas de biossegurança,
etc.
Os testes de detecção
de anticorpos tem entre eles o ELISA, que usa antígenos virais
produzidos em cultura celular ou através de tecnologia molecular recombinante.
Essa técnica é amplamente utilizada como teste inicial para detecção de
anticorpos contra o vírus, devido a sua facilidade de automação e custo
relativamente baixo, apresentando alta sensibilidade e especificidade.
O teste de Western-Blot separa proteínas virais por
eletroforese em gel de poliacrilamida, seguida da transferência eletroforética
dos antígenos para uma membrana de nitrocelulose. O resultado é tido por
auto-radiografia ou por substrato cromogênico. Western-Blot é feito como
confirmação para o ELISA, infelizmente ainda é um teste muito complexo e de
custo elevado, mesmo tendo alta especificidade e sensibilidade.
A imunofluorescencia indireta fixa laminas de microscópio,
as células infectadas são incubadas em soro. Logo após essas células são
tratadas com outro soro que contenha anticorpos específicos para imunoglobulina
humana conjugadas com fluorocromo. A presença desses anticorpos é revelada por
meio de microscopia de fluorescência.
A Radioimunoprecipitação é a detecção dos anticorpos
decorrente de reações com antígenos radioativos. Esses antígenos são obtidos de
células infectadas, mantidas na presença de radioisótopos durante a síntese de
proteínas virais, são formados precipitados fformados da reação desses
antígenos com anticorpos específicos são sedimentados, dissociados com
detergente, e depois, analisadas por eletroforese em gel de poliacrilamida. Segue-se a auto-radiografia. Essa técnica é
menos conhecida, mas que pode ser utilizada para confirmação de diagnóstico.
Os apectos clínicos da AIDS dividem-se em 4 fases: Infecção
aguda, que atinge 50 e 90% dos pacientes, os sintomas surgem durante o pico de
viremia e atividade imunológica, frequentemente os paciente apresentam: febre,
faringite, dores musculares, perda de peso, fotofobia, náuseas e vômitos,
neuropatia periférica, etc. Esses sintomas duram em média 14 dias sendo o
quadro clínico autolimitado.
A fase assintomática da doença é quase inexistente, a
abordagem clínica nestes indivíduos prende-se a uma história clínica prévia. Os
exames laboratoriais de rotina são: hemograma (avaliar leucemia, leucopenia,
linfopenia e plaquetopenia), níveis bioquímicos (avaliar função renal e
hepática, amilase), sorologia para sífilis, sorologia para o vírus da hepatite,
sorologia para toxoplasmose, sorologia para citomegalovírus, radiografia do
tórax, Papanicolau (avaliação ginecológica incial), perfil imunológico e carga
viral.
A fase sintomática inicial atinge o doente com sudorese
noturna, fadiga, emagrecimento, diarreia, sinusopatias, gengivite, herpes
zoster, herpes simples recorrente, ulceras afitosas, etc.
As principais doenças oportunistas são:herpes simpls,
tuberculose, pneumonia, candidíasem criptococose, toxoplasmose, sarcoma de
kaposi, neoplasias intra epitelial anal e cervival.
O tratamento da AIDS pode ser por tratamento com inibidores
de tascriptase reversa, que bloqueiam a ação da enziama transcriptase reversa.
Tem também os inibidores da protease, que impedem a enzima protease que é
fundamental para clivagem das cadeias protéicas produzidas pela célula
infectada que formarão cada partícula do HIV.
A terapia combinada corresponde ao tratamento
anti-retroviral com associação de duas ou mais drogas da mesma
classefarmacológica ou de classes diferentes.
RESENHA
O artigo explanou bem o assunto, é de grande aprendizagem
para o aluno a lida de todo o artigo. O autor explanou bem a questão dos exames
principais para um diagnóstico seguro. Achei importante a questão dos
principais sintomas e das principais doenças que podem piorar o estado do
portador do vírus HIV.
Ivo Almeida
Graduando FOP UPE 2014.2 7-Ob
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