O artigo fala sobre a doença diabetes, que
inclui um grupo de
doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, resultante de defeitos na
secreção de insulina e/ou em sua ação. Diabetes é uma situação clínica
freqüente, acometendo cerca de 7,6% da população adulta entre 30 e 69 anos e 0,3% das gestantes. Alterações da
tolerância à glicose são observadas em 12% dos indivíduos adultos e em 7% das
grávidas. Cerca de 50% dos portadores de diabetes desconhecem o diagnóstico.
O diagnóstico do
diabetes baseia-se fundamentalmente nas alterações da glicose plasmática de
jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. A medida da
glico-hemoglobina não apresenta acurácia diagnóstica adequada e não deve ser
utilizada para o diagnóstico de diabetes.
A medida apenas
da glicose plasmática de jejum é considerada pela ADA o método de escolha para
o diagnóstico do diabetes e o teste oral de tolerância à glicose não deveria
ser utilizado rotineiramente, apenas em algumas situações clínicas ou para fins
de pesquisa. A glicose plasmática de jejum é mais econômica, de fácil execução,
favorecendo a realização em um maior número de pessoas e apresenta um menor
coeficiente de variação inter-individual do que o TOTG. Outra recomendação da
ADA (1) foi a introdução da categoria de glicose plasmática de jejum alterada
que inclui indivíduos com glicose plasmática de jejum ≥ 110 e <126mg/dl.
Esta categoria seria equivalente à tolerância à glicose diminuída, isto é,
glicose plasmática 2h após TOTG ≥ 140 e <200mg/dl.
As formas mais
freqüentes de diabetes são o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2 e os termos
“dependente de insulina” e “não dependente de insulina” anteriormente
atribuídos respectivamente aos dois tipos de diabetes foram eliminados. No
diabetes tipo 1 ocorre destruição das células beta do pâncreas, usualmente por
processo auto-imune (forma auto-imune; tipo 1A) ou menos comumente de causa
desconhecida (forma idiopática; tipo 1B).
O diabetes tipo
2 é mais comum do que o tipo 1, perfazendo cerca de 90% dos casos de diabetes.
É uma entidade heterogênea, caracterizada por distúrbios da ação e secreção da
insulina, com predomínio de um ou outro componente, A idade de início do
diabetes tipo 2 é variável, embora seja mais freqüente após os 40 anos de
idade, com pico de incidência ao redor dos 60 anos.
O diabetes
gestacional é definido como a tolerância diminuída aos carboidratos, de graus
variados de intensidade, diagnosticado pela primeira vez durante a gestação,
podendo ou não persistir após o parto. Os fatores de risco associados ao
diabetes gestacional são semelhantes aos descritos para o diabetes tipo 2,
incluindo, ainda, idade superior a 25 anos, ganho excessivo de peso na gravidez
atual, deposição central excessiva de gordura corporal, baixa estatura,
crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na
gravidez atual, antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal.
O rastreamento
do diabetes é realizado a partir da primeira consulta pré-natal, utilizando-se
a medida da glicose em jejum e com o objetivo de detectar a presença de diabetes pré-existente.
Neste artigo é
possível entender o conceito de diabetes, suas classificações, os exames
necessários para o diagnóstico, e como ela age no corpo. Contribuindo para a
melhor maneira para manejo do paciente.
Aretha Dantas
Acadêmica do curso de odontologia da Faculdade
de Odontologia de Pernambuco -
Universidade de Pernambuco (FOP/UPE).
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