INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DO HEMOGRAMA
Paulo Cesar Naoum
Flávio Augusto Naoum
“O hemograma é o nome dado ao conjunto de
avaliações das células do sangue que, reunido aos dados clínicos, permite
conclusões diagnósticas e prognósticas de grande número de patologias.”
“O
hemograma é composto por três determinações básicas que incluem as avaliações
dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos (ou série branca) e das
plaquetas (ou série plaquetária).”
O artigo
nos mostra a importância da interpretação correta acerca dos dados ofertados
pelo hemograma. O exame, como já supracitado, é composto pela avaliação da
série vermelha, branca e das plaquetas. Esse conjunto é muito importante para
avaliarmos os quadros de anemias, infecções e a hemostasia, respectivamente.
Na série
vermelha, a avaliação da quantificação de eritrócitos, hematócrito, dosagem de
hemoglobina e índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, RDW), bem como o exame
microscópico da morfologia eritrocitária, colaboram para o diagnóstico das
anemias.
A análise
da série branca é feita pelas contagens total e diferencial (valores relativo e
absoluto) dos leucócitos. No artigo, são citados alguns casos do aumento do
número de leucócitos, a leucocitose, o que é bastante importante:
- · Leucocitose fisiológica – geralmente de grau leve é comum em gestantes, RN, lactantes, após exercícios físicos e em pessoas com febre;
- · Leucocitose reativa – estão notadamente relacionadas com o aumento de neutrófilos e se devem às infecções bacterianas, inflamações, necrose tecidual e doenças metabólicas;
- · Leucocitose patológica – estão relacionadas a doenças mieloproliferativas (leucemias mielóides, policitemia vera, mieloesclerose) e linfoproliferativas (leucemias linfóides e alguns linfomas).
O artigo ainda cita que “as infecções virais nos induzem
a linfocitose relativa, com ou sem leucocitose e, às vezes, até leucopenias”. Ainda de acordo com o artigo, “a leucopenia muitas vezes se deve à diminuição dos neutrófilos e pode
ser de causas fisiológica ou induzida por drogas e poluentes, reativa e
processos imunológicos. Outro fato a notar é a leucopenia eosinofílica, que
pode indicar uma infestação parasitária por ascaris, estrongilóides e
schistosomas, principalmente”. Além do exposto, o artigo nos mostra que
outras causas de eosinofilias são: alergia, câncer com metástases, doença de
Hodgkin, leucemia mieloide crônica, eczema, psoríase, pênfigo e dermatite.
Por essa
e entre outras razões, o leucograma deve ser criteriosamente avaliado.
As
plaquetas, advindas de fragmentos dos megacariócitos - células originadas na
medula óssea – são fundamentais no processo inicial da hemostasia, promovendo a
agregação dessas células e a adesividade delas com as células endoteliais
próximas às lesões. O artigo diz que situações que induzem plaquetopenia
induzem ao sangramento e que, um dado importante, pessoas com número de plaquetas
dentro dos valores padrões, mas com ausência de grânulos (ex.: plaquetas
cinzentas) tem sangramentos devido à dificuldade da agregação plaquetária.
Já o
aumento do número de plaquetas é chamado de plaquetose. O artigo enfatiza que plaquetoses
podem ocorrer notadamente na anemia ferropriva, hemorragias agudas, inflamações
e infecções crônicas, anemias hemolíticas, leucemias e policitemia vera. Há
ainda o caso da trombocitemia essencial, dita como uma doença
mieloproliferativa que desencadeia a formação descontrolada das células precursoras
das plaquetas, os megacariócitos, que é um caso quando os valores do número de
plaquetas está altamente acima do valor máximo.
O artigo
nos deixa claro o quão também é importante sabermos avaliar e interpretar as
informações acerca das plaquetas, que além de mostrar como está se sucedendo a
hemostasia do paciente, pode nos indicar outros processos patológicos.
Jhony Herick Cavalcanti Nunes Negreiros
Acadêmico do curso de
odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Universidade de
Pernambuco (FOP/UPE).
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