terça-feira, 23 de setembro de 2014

SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE
João Carlos Regazzi Avelleira
Giuliana Bottino


         A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, gênero Treponema, da família dos Treponemataceae, que inclui ainda dois outros gêneros: Leptospira e Borrelia”.

         O artigo expõe, inicialmente, sobre a história da sífilis e sua epidemiologia. Em relação à etiopatogenia comenta que a forma de contágio é major por relação sexual, que há casos de contaminação vertical, sendo esta denominada de sífilis congênita, e que, nos casos de contaminação por via indireta, como por tatuagem e objetos contaminados, esta é mais rara.

         No parágrafo em relação à Clínica, o artigo nos diz:
         “A história natural da doença mostra evolução que alterna períodos de atividade com características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas (sífilis primária, secundária e terciária) e períodos de latência (sífilis latente). A sífilis divide-se ainda em sífilis recente, nos casos em que o diagnóstico é feito em até um ano depois da infecção, e sífilis tardia, quando o diagnóstico é realizado após um ano”.

         Em relação à história da doença, a sífilis secundária nos chama atenção pela seguinte citação do artigo: “Na mucosa oral, lesões vegetantes de cor esbranquiçada sobre base erosada constituem as placas mucosas, também contagiosas”. Ainda de acordo com o artigo, em relação a outras características que podem nos ajudar, “em alguns pacientes estabelece-se alopecia difusa, acentuada na região temporoparietal e occipital (alopecia em clareira). Pode ocorrer ainda perda dos cílios e porção final das sobrancelhas. Mais raramente nessa fase são descritas lesões pustulosas, foliculares e liquenóides”, e que “na pele, as lesões (sifílides) ocorrem por surtos e de forma simétrica. Podem apresentar-se sob a forma de máculas de cor eritematosa (roséola sifilítica) de duração efêmera. Novos surtos ocorrem com lesões papulosas eritêmato-acobreadas, arredondadas, de superfície plana, recobertas por discretas escamas mais intensas na periferia colarete de Biett)”.

         A terceira fase também nos é interessante por conta das lesões aparecerem na pele e nas mucosas. O artigo cita o seguinte: “Os pacientes nessa fase desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. (...) No tegumento, as lesões são nódulos, tubérculos, placas nódulo-ulceradas ou tuberocircinadas e gomas. As lesões são solitárias ou em pequeno número, assimétricas, endurecidas com pouca inflamação, bordas bem marcadas, olicíclicas ou formando segmentos de círculos destrutivas, tendência à cura central com extensão periférica, formação de cicatrizes e hiperpigmentação periférica. Na língua, o acometimento é insidioso e indolor, com espessamento e endurecimento do órgão. Lesões gomosas podem invadir e perfurar o palato e destruir a base óssea do septo nasal”.

         O artigo ainda explora os temas da neurosífilis, sífilis congênita, sífilis cardiovascular, e a interação de sífilis e HIV, interação esta que, por conta da contaminação pelo vírus HIV, agrava mais o quadro sifilítico.

         Podemos solicitar o DIAGNÓSTICO LABORATORIAL, de acordo com o artigo, devendo considerar a fase evolutiva da doença. Na sífilis primária e em algumas lesões da fase secundária, o diagnóstico poderá ser direto, isto é, feito pela demonstração do treponema. A utilização da sorologia poderá ser feita a partir da segunda ou terceira semana após o aparecimento do cancro, quando os anticorpos começam a ser detectados.


         A sífilis pode ser identificada mediante as manifestações bucais. Dessa forma, nós podemos fazer o diagnóstico e controlar a doença através dos sinais sintomas, orientando o paciente, dando suporte ao tratamento e fazendo o acompanhamento.

Jhony Herick Cavalcanti Nunes Negreiros
Acadêmico do curso de odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Universidade de Pernambuco (FOP/UPE).

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