SÍFILIS:
DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE
João Carlos
Regazzi Avelleira
Giuliana
Bottino
“A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, gênero Treponema, da família dos Treponemataceae,
que inclui ainda dois outros gêneros: Leptospira
e Borrelia”.
O
artigo expõe, inicialmente, sobre a história da sífilis e sua epidemiologia. Em
relação à etiopatogenia comenta que a forma de contágio é major por relação
sexual, que há casos de contaminação vertical, sendo esta denominada de sífilis
congênita, e que, nos casos de contaminação por via indireta, como por tatuagem
e objetos contaminados, esta é mais rara.
No
parágrafo em relação à Clínica, o artigo nos diz:
“A história natural da doença mostra evolução
que alterna períodos de atividade com características clínicas, imunológicas e
histopatológicas distintas (sífilis primária, secundária e terciária) e
períodos de latência (sífilis latente). A sífilis divide-se ainda em sífilis
recente, nos casos em que o diagnóstico é feito em até um ano depois da
infecção, e sífilis tardia, quando o diagnóstico é realizado após um ano”.
Em
relação à história da doença, a sífilis secundária nos chama atenção pela
seguinte citação do artigo: “Na mucosa
oral, lesões vegetantes de cor esbranquiçada sobre base erosada constituem as
placas mucosas, também contagiosas”. Ainda de acordo com o artigo, em
relação a outras características que podem nos ajudar, “em alguns pacientes estabelece-se alopecia difusa, acentuada na região
temporoparietal e occipital (alopecia em clareira). Pode ocorrer ainda perda
dos cílios e porção final das sobrancelhas. Mais raramente nessa fase são
descritas lesões pustulosas, foliculares e liquenóides”, e que “na pele, as lesões (sifílides) ocorrem por
surtos e de forma simétrica. Podem apresentar-se sob a forma de máculas de cor
eritematosa (roséola sifilítica) de duração efêmera. Novos surtos ocorrem com
lesões papulosas eritêmato-acobreadas, arredondadas, de superfície plana,
recobertas por discretas escamas mais intensas na periferia colarete de Biett)”.
A
terceira fase também nos é interessante por conta das lesões aparecerem na pele
e nas mucosas. O artigo cita o seguinte: “Os
pacientes nessa fase desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e mucosas,
sistema cardiovascular e nervoso. (...) No tegumento, as lesões são nódulos,
tubérculos, placas nódulo-ulceradas ou tuberocircinadas e gomas. As lesões são
solitárias ou em pequeno número, assimétricas, endurecidas com pouca
inflamação, bordas bem marcadas, olicíclicas ou formando segmentos de círculos
destrutivas, tendência à cura central com extensão periférica, formação de
cicatrizes e hiperpigmentação periférica. Na língua, o acometimento é insidioso
e indolor, com espessamento e endurecimento do órgão. Lesões gomosas podem
invadir e perfurar o palato e destruir a base óssea do septo nasal”.
O
artigo ainda explora os temas da neurosífilis, sífilis congênita, sífilis
cardiovascular, e a interação de sífilis e HIV, interação esta que, por conta
da contaminação pelo vírus HIV, agrava mais o quadro sifilítico.
Podemos
solicitar o DIAGNÓSTICO LABORATORIAL,
de acordo com o artigo, devendo considerar a fase evolutiva da doença.
Na sífilis primária e em algumas lesões da fase secundária, o diagnóstico
poderá ser direto, isto é, feito pela demonstração do treponema. A utilização
da sorologia poderá ser feita a partir da segunda ou terceira semana após o
aparecimento do cancro, quando os anticorpos começam a ser detectados.
A
sífilis pode ser identificada mediante as manifestações bucais. Dessa forma,
nós podemos fazer o diagnóstico e controlar a doença através dos sinais
sintomas, orientando o paciente, dando suporte ao tratamento e fazendo o
acompanhamento.
Jhony Herick Cavalcanti Nunes Negreiros
Acadêmico do curso de
odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Universidade de
Pernambuco (FOP/UPE).
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