UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
“AIDS: ETIOLOGIA, CLÍNICA, DIGNÓSTICO E TRATAMENTO”
Este é um artigo que aborda um tema tabu e ainda estigmatizado pela sociedade: HIV/ AIDS. O foco narrativo do autor é abordar através de uma linguagem bastante acessível, a etiologia, diagnóstico e tratamento da doença.
Nas 17 páginas que integram o artigo científico, o autor relata o histórico da Síndrome da Imunodeficiência adquirida, as principais formas de transmissão, a prevenção e controle da doença, os testes realizados para diagnóstico, bem como os sinais e sintomas e por último, mas não menos importante, o tratamento.
A doença foi reconhecida no início da década de 80 nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais que residiam em São Francisco e NY. Atualmente, a transmissão heterossexual, nas relações sem uso de preservativos é considerada pela OMS (organização mundial de saúde) como a mais frequente. No continente africano é a principal forma de transmissão. Já nos países em desenvolvimento, a exposição ao HIV por relações homossexuais ainda é a responsável pelo maior número de casos, embora, nesses países as relações heterossexuais estejam aumentando proporcionalmente com uma tendência dinâmica da epidemia.
Além das relações sexuais desprotegidas, a síndrome também pode ser transmitida de várias outras formas como: através de drogas injetáveis, receptores de sangue ou hemoderivados, de forma vertical, ou seja, de mãe para o filho durante a gestação, parto ou aleitamento e ocupacional (ocasionada por acidentes com instrumentos perfuro- cortantes).
O pesquisador também informa sobre os testes de detecção da infecção do HIV, que são basicamente divido em quatro categorias: 1) detecção viral 2) detecção de antígeno 3) cultura viral 4) amplificação do genoma do vírus. Dentre o rol de testes inclusos na categoria de detecção viral, está o ELISA, exame de primeira geração e de alta especificidade e sensibilidade, é considerado um teste imunoenzimático que utiliza antígenos virais (proteínas) produzidos em cultura celular ou através de tecnologia molecular recombinante. Nesta categoria ainda fazem parte os testes: Western - blot, que consiste basicamente na separação das proteínas virais por eletroforese, imunofluorescência indireta e radioimunopreciptação. Nas outras categorias, Podemos lançar mão de vários outros testes como: pesquisa de p24 (quantifica a concentração de proteína viral p24 contida no plasma ou no sobrenadante de cultura de tecido), contagem de células cd4+ e as técnicas de cultura viral.
A infecção pode apresentar quatro fases clínicas: 1- Infecção Aguda; 2- fase assintomática; 3 – fase sintomática inicial ou prece 4 – aids. A infecção aguda, também conhecida como infecção primaria, ocorre em 50% a 90% dos pacientes, nesta fase o soropositivo pode apresentar: febre, fadiga, exantema, linfadenopatia e úlceras orais e genitais. Na fase assintomática, o estado clínico é mínimo ou inexistente. No que diz respeito à avaliação laboratorial, uma ampla variedade de alterações podem estar presentes. Os exames recomendados são: Hemograma completo, sorologia para sífilis, PPD, Papanicolau. Sudorese noturna, fadiga, emagrecimento e diarreia caracterizam a fase sintomática precoce.
Devido a uma alteração imunitária do hospedeiro, doenças oportunistas causadas por vírus, bactérias e protozoários podem estar associadas à aids. Dentre elas, citomegaloviroses, herpes simples, pneumonias e sarcoma de Kaposi podem ser diagnosticadas no paciente soropositivo.
Quanto ao tratamento, o autor relata duas classes de medicamentos: inibidores da transcriptase reversa e inibidores da protease. A primeira classe, funciona inibindo a replicação do HIV e algumas drogas que fazem parte dessa categoria são: Zidovudina, Didanosina e Lamivudina. Já a segunda classe, atua no último estágio da formação do HIV, impedindo a ação da protease, dentre os fármacos estão o: Indinavir, Ritonavir e Saquinavir. O cuidado com os soropositivos não pode se restringir somente ao tratamento medicamentoso com antirretrovirais. A preocupação com o cuidado, bem-estar e qualidade de vida requer que se considere a pessoa na sua integralidade.
Precisamos entender a curto prazo o que significa o sofrimento, o estigma, a exclusão dos portadores da síndrome. O Artigo analisado é de fundamental importância para os profissionais de saúde, pois fornece esclarecimentos importantíssimos e procura responder a complexa e sempre atual questão da Aids através de um olhar diverso.
Cleiton Sandro da Silva Vieira, Acadêmico do curso de Odontologia da faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE.
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