UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO
ESTOMATOLOGIA II
SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa crônica, que acomete
praticamente todos os órgãos e sistemas. É conhecida desde o século XV, e tem
como agente etiológico o Treponema pallidum, mas apesar de ter
tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde
pública até os dias de hoje em países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
O referido texto mostra informações sobre a etiopatogenia da doença
referindo que a penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões
decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema
linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A
resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de
inoculação, enquanto a disseminação sistêmica resulta na produção de complexos
imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão.
Informações sobre a transmissão também são passadas pelo autor. Ele
afirma que a sífilis é uma doença transmitida pela via sexual (sífilis
adquirida) e vertical (sífilis congênita) pela placenta da mãe para o feto. O
contato com as lesões contagiantes pelos órgão genitais é responsável por 95%
dos casos de sífilis.
Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse
epidemiológico são por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por
transfusão sanguínea.
A sífilis se divide conforme suas características clínicas em: sífilis
primária (tem como principal característica o cancro duro no local de
contaminação), secundária (o acometimento afetará a pele e os órgãos internos
correspondendo à distribuição do T. pallidum) e terciária(caracterizada pelo surgimento de
grânulos destrutivos nomeados de goma. Nessa fase, os pacientes desenvolvem
lesões localizadas envolvendo pele e mucosa, sintema cardiovascular e nervoso).
As interações entre a sífilis e o vírus HIV iniciam-se pelo fato de que
ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e aumentam sua
importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e
transmitir o vírus HIV.
O texto dá informações a certa das possíveis formas de diagnóstico
laboratorial que deverão considerar a fase evolutiva da doença. Na sífilis
primária e em algumas lesões da fase secundária, o diagnóstico poderá ser
direto, isto é, feito pela demonstração do treponema. A utilização da sorologia
poderá ser feita a partir da segunda ou terceira semana após o aparecimento do
cancro, quando os anticorpos começam a ser detectados. Os testes sorológicos
podem ser por provas diretas, as quais demostram a presença da bactéria e são indicadas
na fase inicial da enfermidade(ex.: exame em campo escuro, pesquisa direta com
material corado e imunofluorescência direta), e ainda por provas sorológicas,
que buscam encontrar anticorpos específicos e não o T. pallidum propriamente(
ex.: teste não treponêmico, teste treponêmico e
teste rápido treponêmico). O exame do líquor cefalorraquidiano deverá
ser indicado nos pacientes que tenham o diagnóstico sorológico de sífilis
recente ou tardia com sintomas neurais e em pacientes que mantiverem reações
sorológicas sanguíneas apresentando títulos elevados após o tratamento correto.
O texto ainda faz referência ao tratamento indicando ser a penicilina o
tratamento adequado de primeira escolha para a sífilis. E, nas situações
especiais, como aumento localizado do número de casos, o tratamento profilático
poderá ser avaliado.
O artigo é é de muita importância, pois traz informações necessárias
para o conhecimento dessa doença que ainda é um problema de saúde pública
mundial.
Luiza Taynara Oliveira da Silva
Acadêmica
do curso de odontologia da Faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE
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