quarta-feira, 24 de setembro de 2014

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO
ESTOMATOLOGIA II

SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE

A sífilis é uma doença infecto-contagiosa crônica, que acomete praticamente todos os órgãos e sistemas. É conhecida desde o século XV, e tem como agente etiológico o Treponema pallidum, mas apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os dias de hoje em países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
O referido texto mostra informações sobre a etiopatogenia da doença referindo que a penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual. Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo. A resposta da defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação, enquanto a disseminação sistêmica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão.
Informações sobre a transmissão também são passadas pelo autor. Ele afirma que a sífilis é uma doença transmitida pela via sexual (sífilis adquirida) e vertical (sífilis congênita) pela placenta da mãe para o feto. O contato com as lesões contagiantes pelos órgão genitais é responsável por 95% dos casos de sífilis.
Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse epidemiológico são por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão sanguínea.
A sífilis se divide conforme suas características clínicas em: sífilis primária (tem como principal característica o cancro duro no local de contaminação), secundária (o acometimento afetará a pele e os órgãos internos correspondendo à distribuição do T. pallidum)  e terciária(caracterizada pelo surgimento de grânulos destrutivos nomeados de goma. Nessa fase, os pacientes desenvolvem lesões localizadas envolvendo pele e mucosa, sintema cardiovascular e nervoso).
As interações entre a sífilis e o vírus HIV iniciam-se pelo fato de que ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e transmitir o vírus HIV.
O texto dá informações a certa das possíveis formas de diagnóstico laboratorial que deverão considerar a fase evolutiva da doença. Na sífilis primária e em algumas lesões da fase secundária, o diagnóstico poderá ser direto, isto é, feito pela demonstração do treponema. A utilização da sorologia poderá ser feita a partir da segunda ou terceira semana após o aparecimento do cancro, quando os anticorpos começam a ser detectados. Os testes sorológicos podem ser por provas diretas, as quais demostram a presença da bactéria e são indicadas na fase inicial da enfermidade(ex.: exame em campo escuro, pesquisa direta com material corado e imunofluorescência direta), e ainda por provas sorológicas, que buscam encontrar anticorpos específicos e não o T. pallidum propriamente( ex.: teste não treponêmico, teste treponêmico e  teste rápido treponêmico). O exame do líquor cefalorraquidiano deverá ser indicado nos pacientes que tenham o diagnóstico sorológico de sífilis recente ou tardia com sintomas neurais e em pacientes que mantiverem reações sorológicas sanguíneas apresentando títulos elevados após o tratamento correto.
O texto ainda faz referência ao tratamento indicando ser a penicilina o tratamento adequado de primeira escolha para a sífilis. E, nas situações especiais, como aumento localizado do número de casos, o tratamento profilático poderá ser avaliado.
O artigo é é de muita importância, pois traz informações necessárias para o conhecimento dessa doença que ainda é um problema de saúde pública mundial.

Luiza Taynara Oliveira da Silva
Acadêmica do curso de odontologia da Faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE

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