“AIDS: ETIOLOGIA, CLÍNICA,
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO” - UNIDADE DE ASSISTÊNCIA
“A
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de
1981, nos EUA.”
“O
HIV é um retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae. Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e
não-oncogênicos que necessitam, para multiplicar-se, de uma enzima denominada
transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia
DNA, que pode, então, integrar-se ao genoma do hospedeiro”.
O texto nos diz que existem três formas principais de
contagio com a doença, que são por relação sexual, transfusão sanguínea e a
vertical, esta sendo a transmissão de mãe para filho, durante a gestação, parto
ou aleitamento. Além dessas três, existe uma outra muito saliente a nós, que é
a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho em profissionais
de saúde que sofrem ferimentos com instrumentos perfuro-cortantes contaminados
com sangue de pacientes já infectados.
Se
atendo à contaminação ocupacional, é citado no texto que o risco de contrair
HIV após exposição percutânea de sangue contaminado é estimado em 0,3% e que,
nos casos de exposição de mucosas, esse risco é de aproximadamente 0,1%. Além disso,
nos mostra que “os fatores de risco já identificados
como favorecedores deste tipo de contaminação são: a profundidade e extensão do
ferimento a presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento,
o procedimento que resultou na exposição e que envolveu a colocação da agulha
diretamente na veia ou artéria de paciente portador de HIV e, finalmente, o paciente
fonte da infecção mostrar evidências de imunodeficiência avançada, ser terminal
ou apresentar carga viral elevada”.
Um outro ponto muito importante em relação a outras
formas de contaminação é que “embora o
vírus tenha sido isolado de vários fluidos corporais, como saliva, urina, lágrimas,
somente o contato com sangue, sêmen, secreções genitais e leite materno têm
sido implicados como fontes de infecção”. Na saliva, a concentração e a infectividade
do vírus são extremamente baixas.
Outro
parágrafo complementa a informação supracitada, dizendo:
“Conclui-se que formas alternativas de
transmissão são altamente improváveis, e que a experiência cumulativa é
suficientemente ampla para se assegurar enfaticamente que não há qualquer
justificativa para restringir a participação de indivíduos infectados nos seus
ambientes domésticos, escolares, sociais ou profissionais”.
O uso de equipamentos de proteção individual (EPI)
deve ser obedecido sempre. A biossegurança na clínica odontológica, por nós
termos muito contato com saliva e sangue, e até mesmo outras secreções que
possam estar presentes nos locais da nossa área de atuação no paciente, é
mister.
Vários testes sorológicos
são aplicados na detecção do vírus, sendo mais conhecido o teste de ELISA.
O dentista pode solicitar o exame
anti-HIV, desde que o paciente concorde e tenha o conhecimento
dessa solicitação. Através do exame bucal, o
dentista pode suspeitar que o paciente tem AIDS, pois existem várias doenças na boca
que ocorrem preferencialmente em pacientes HIV positivos. Alguns dos
casos citados no texto, que nós podemos identificar em nossa área de atuação,
são a Candidíase Oral, Leucoplasia Pilosa Oral, Gengivite, Úlceras Aftosas, Herpes
Simples Recorrente e Herpes Zoster. Atentar exatamente para as doenças
oportunistas, que podem indicar uma queda na imunidade do paciente,
evidenciando um possível quadro de paciente HIV+.
Jhony Herick Cavalcanti Nunes Negreiros
Acadêmico do curso de
odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Universidade de
Pernambuco (FOP/UPE).
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