terça-feira, 23 de setembro de 2014

“AIDS: ETIOLOGIA, CLÍNICA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO” - UNIDADE DE ASSISTÊNCIA



         “A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA.”

         “O HIV é um retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae. Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos que necessitam, para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia DNA, que pode, então, integrar-se ao genoma do hospedeiro”.

         O texto nos diz que existem três formas principais de contagio com a doença, que são por relação sexual, transfusão sanguínea e a vertical, esta sendo a transmissão de mãe para filho, durante a gestação, parto ou aleitamento. Além dessas três, existe uma outra muito saliente a nós, que é a transmissão ocupacional, ocasionada por acidente de trabalho em profissionais de saúde que sofrem ferimentos com instrumentos perfuro-cortantes contaminados com sangue de pacientes já infectados.
        
         Se atendo à contaminação ocupacional, é citado no texto que o risco de contrair HIV após exposição percutânea de sangue contaminado é estimado em 0,3% e que, nos casos de exposição de mucosas, esse risco é de aproximadamente 0,1%. Além disso, nos mostra que “os fatores de risco já identificados como favorecedores deste tipo de contaminação são: a profundidade e extensão do ferimento a presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento, o procedimento que resultou na exposição e que envolveu a colocação da agulha diretamente na veia ou artéria de paciente portador de HIV e, finalmente, o paciente fonte da infecção mostrar evidências de imunodeficiência avançada, ser terminal ou apresentar carga viral elevada”.

         Um outro ponto muito importante em relação a outras formas de contaminação é que “embora o vírus tenha sido isolado de vários fluidos corporais, como saliva, urina, lágrimas, somente o contato com sangue, sêmen, secreções genitais e leite materno têm sido implicados como fontes de infecção”. Na saliva, a concentração e a infectividade do vírus são extremamente baixas.

         Outro parágrafo complementa a informação supracitada, dizendo:
         “Conclui-se que formas alternativas de transmissão são altamente improváveis, e que a experiência cumulativa é suficientemente ampla para se assegurar enfaticamente que não há qualquer justificativa para restringir a participação de indivíduos infectados nos seus ambientes domésticos, escolares, sociais ou profissionais”.

         O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) deve ser obedecido sempre. A biossegurança na clínica odontológica, por nós termos muito contato com saliva e sangue, e até mesmo outras secreções que possam estar presentes nos locais da nossa área de atuação no paciente, é mister.
        
Vários testes sorológicos são aplicados na detecção do vírus, sendo mais conhecido o teste de ELISA.

         O dentista pode solicitar o exame anti-HIV, desde que o paciente concorde e tenha o conhecimento dessa solicitação. Através do exame bucal, o dentista pode suspeitar que o paciente tem AIDS, pois existem várias doenças na boca que ocorrem preferencialmente em pacientes HIV positivos. Alguns dos casos citados no texto, que nós podemos identificar em nossa área de atuação, são a Candidíase Oral, Leucoplasia Pilosa Oral, Gengivite, Úlceras Aftosas, Herpes Simples Recorrente e Herpes Zoster. Atentar exatamente para as doenças oportunistas, que podem indicar uma queda na imunidade do paciente, evidenciando um possível quadro de paciente HIV+.

Jhony Herick Cavalcanti Nunes Negreiros
Acadêmico do curso de odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco - Universidade de Pernambuco (FOP/UPE).

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