RESENHA: INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DO HEMOGRAMA
Paulo Cesar Naoum
Flávio Augusto Naoum
O referido artigo
tem por finalidade abordar aspectos acerca do exame laboratorial mais
solicitado pelos médicos de todas as especialidades: o hemograma. Aos autores
pareceu pertinente, durante o artigo, descrever e destrinchar cada componente
deste exame complementar e avivar a importância que o mesmo tem durante a pesquisa
para chegar ao diagnóstico médico.
Existe toda uma
avaliação que rodeia o hemograma. O artigo passa pela explicação das análises
(séries brancas, vermelhas e plaquetária, especificando cada uma delas) e se
detêm aos métodos de análise do hemograma, que podem ser análises não
automatizadas ou automatizadas, apesar de afirmar não existirem diferenças
estatisticamente diferentes entre ambas formas de análise do exame. A vantagem
maior para a análise automatizadas mostra-se na rapidez de geração de resultados,
sendo um ponto a favor em laboratórios que produzem grandes números de
exames/dia. Em seguida, os autores partem para o advento da competência
técnica, que vai desde a recepção do paciente, passando pela coleta, obtenção
da amostra e encaminhamento, até a exploração do esfregaço. Além de tudo, o
artigo se preocupa em enfatizar que a terminologia deve ser padronizada e deve
obedecer regras internacionais, pois facilita o entendimento em qualquer parte
do planeta.
“As
morfologias de eritrócitos, leucócitos e plaquetas devem ser mentalizadas na
seguinte seqüência de considerações: a) tamanho; b) forma; c) coloração
celular; d) inclusões(...)”
Então, finalmente, nos deparamos com a análise da
série vermelha, da série branca e da série plaquetária. A análise eritrocitária
(série vermelha) observa a quantificação de
eritrócito, hematócrito, dosagem de hemoglobina e índices hematimétricos
(VCM, HCM, CHCM, RDW), bem como exame da morfologia eritrocitária; a
quantificação dará a “classificação laboratorial das anemias” e a análise da
sua morfologia auxilia na determinação das causas e dos tipos de anemias; neste
contexto os autores ainda destrincharam sobre possíveis interpretações a partir
do resultado da análise. Segundo, a análise de leucócitos, o leucograma (série
branca), avalia as contagens total e diferencial dos leucócitos, bem como a morfologia
dos neutrófilos, linfócitos e monócitos, principalmente; novamente os autores
de detém à interpretação dos resultados, como a leucocitose e suas possíveis
causas. Em último, mas não menos importante, a contagem de plaquetas e sua
morfologia (série plaquetária) é de suma importância para avaliar o processo de
hemostasia do organismo do paciente, pois são elas que promovem tampões e
desencadeiam a cascata de coagulação necessária para a devida homeostase.
Enfim, os autores citam a importância de localizar
possíveis alterações nas células direcionadas pelo hemograma, e afirma a
necessidade de ter sempre à disposição um atlas hematológico para consultas
sempre que houver dúvidas por parte do profissional. No decorrer do artigo, a
preocupação de expor fatos, dados e tabelas foi evidente para demonstração
qualitativa das afirmações advindas de pesquisas dos autores. É perceptível a
clareza da importância que os autores dão à qualidade, tanto da técnica, quanto
da análise do exame complementar que é o hemograma.
Priscila Freire de Melo Lopes –
7º período – Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP/UPE)
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