Sífilis:
diagnóstico, tratamento e controle
Os autores João Carlos Regazzi Avelleira e Giuliana Bottino apresentaram
importantes informações sobre a sífilis, tendo como foco o diagnóstico,
tratamento e controle dessa doença.
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa,
transmitida pela via sexual e verticalmente durante a gestação. Caracteriza-se
por períodos de atividade e latência; pelo acometimento sistêmico disseminado e
pela evolução para complicações graves em parte dos pacientes que não trataram
ou que foram tratados inadequadamente. A história natural da doença mostra
evolução que
alterna períodos de atividade com características clínicas, imunológicas e
histopatológicas distintas (sífilis primária, secundária e terciária) e
períodos de latência
(sífilis latente).
O diagnóstico laboratorial da sífilis e a escolha
dos exames laboratoriais mais adequados deverão considerar a fase evolutiva da
doença. As provas diretas demonstram a presença do t. pallidum e estão indicadas
na fase inicial da enfermidade, quando os microorganismos são muito numerosos.
São exemplos de provas diretas: exame em campo escuro, pesquisa direta com
material corado e imunofluorescência direta. As provas sorológicas identificam
a presença de anticorpos, podem ser: testes não treponêmicos e treponêmicos. O
primeiro utiliza antígenos mais purificados, como o VDRL (Venereal Disease Research
Laboratory) que utiliza um antígeno constituído de lecitina, colesterol e
cardiolipina purificada. A prova do VDRL positiva-se entre cinco e seis semanas
após a infecção e entre duas e três semanas após o surgimento do cancro, a
reação não é específica, podendo estar positiva em
outras treponematoses e em várias outras situações. O segundo utiliza o T.
pallidum como antígeno e são usados para confirmar a reatividade de testes
não treponêmicos e nos casos em que os testes não treponêmicos têm pouca
sensibilidade,como na sífilis tardia.
A abordagem clínica da evolução da
sífilis foi muito satisfatória, pois descreveu claramente as características de
cada fase. Em contrapartida o diagnóstico laboratorial ficou complexo,
impossibilitando um adequado entendimento.
Nayara Larissa de
Melo Nascimento
Acadêmica do curso
de odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco-FOP/UPE
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