terça-feira, 16 de setembro de 2014

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO


DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
 


 


 
 
 
"HEMOSTASIA  E DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO"
 
 
 
        O artigo visa fornecer informações sobre a hemostasia bem como os distúrbios da coagulação. Nas primeiras páginas há uma visão geral sobre o tema a ser discutido. O texto começa com uma página inteira relatado sobre a definição da Hemostasia, os autores dedicam alguns parágrafos para explicar  a hemostasia primária e a coagulação, abordam também, através de gráficos que facilitam o entendimento, a cascata de coagulação.
        O texto não exige nenhum conhecimento técnico específico prévio para entendê-lo. Com uma linguagem simples e de fácil apreensão atende, perfeitamente, a demanda de leitores leigos e curiosos pelo tema.
 
        Segundo os autores, a hemostasia é definida como uma série complexa de fenômenos biológicos que ocorre em imediata resposta à lesão de um vaso sanguíneo com objetivo de deter a hemorragia. Ainda nesse contexto o mecanismo hemostático pode ser dividido em três processos: hemostasia primária, coagulação (hemostasia secundária) e fibrinólise. Esses processos apresentam como objetivo manter a fluidez necessária para não ocorrer extravasamento de sangue e cada uma das fases apresentam suas peculiaridades.
 
        Na clássica cascata da coagulação que foi introduzida em 1964, a ativação de cada fator de coagulação leva a ativação de outro fator até a eventual formação da trombina, esses fatores são numerados de I ao XIII. O modelo da cascata dividiu a sequência da coagulação em duas vias: a via intrínseca na qual todos os componentes estão presentes no sangue e na via extrínseca na qual é necessária a presença da proteína da membrana celular subendotelial, o fator tecidual (TF). O sistema de coagulação por muito tempo foi considerado constituído apenas por fatores de coagulação e plaquetas. Atualmente, considera-se um sistema multifacetado, extremamente balanceado, no qual participam componentes celulares e moleculares.
        No texto é possível encontrar alguns exemplos de drogas que atuam sobre as plaquetas refletindo um aumento no tempo de sangramento, como exemplos temos: aspirina, etanol, dipiridamol, indometacina, penicilinas, dextran, entre várias outras. Além das drogas que alargam o tempo de sangramento, deficiências congênitas geralmente limitadas a um único elemento da coagulação também podem ser responsáveis por alterações de hemostasia.
       Dentre as alterações congênitas, o artigo descreve a Hemofilia, que consiste na deficiência do fator VIII (hemofilia clássica) de caráter hereditário recessivo e ligada ao sexo é a mais comum das coagulopatias congênitas, com incidência variando entre 30 e 120 por milhão, dependendo da população estudada. Também descreve a Hemofilia B, Deficiência do fator IX conhecida como doenças de Christmas e a Doença de von Willebrand.
       Os exames laboratoriais são de fundamental importância para auxílio de diagnóstico. Dentre eles, temos o coagulograma completo que engloba uma série de provas que avaliam o sistema de coagulação do sangue, como o tempo de sangramento (TS), tempo de ativação da protrombina (TAP), tempo de ativação parcial da tromboplastina (TTPA ou KPTT), tempo de coagulação (TC) e a contagem das plaquetas.
       Quanto ao manejo da anticoagulacão em Candidatos a cirurgia, diversos pacientes possuem alterações patológicas nas quais há necessidade do uso de drogas anticoagulantes com a finalidade terapêutica ou profilática (ex. Tromboembolismo pulmonar, fibrilação atrial, próteses valvares metálicas). Os pacientes quando submetidos a procedimento cirúrgico devem receber atenção especial da equipe para que a interrupção ou manutenção desses medicamentos não ocasionem, respectivamente, aumento do sangramento cirúrgico. Dentre as principais classes de drogas estão os cumarínicos e antiagregantes plaquetários. 
        Ainda nesse contexto, as cirurgias de pequeno porte como procedimento dentário pequenos é suficiente omitir o warfarin nos dois dias que antecedem o tratamento e reiniciar com a dose de manutenção habitual imediatamente após (no mesmo dia). O profissional deve verificar previamente o INR que estando menor que 2,5 é seguro para prosseguir. Por fim, os autores citam os agentes farmacológicos que contribuem para reduzir a perda sanguínea que são: os anti-fibrinolíticos, acetato de desimpressiona ou DDAVP e as colas de fibrina.
       O estudo, ajuda a entender que duas principais abordagens têm sido seguidas em relação aos distúrbios relacionados a hemostasia. A primeira é aceitar que a perda sanguínea é inevitável e que é necessário usar todas as medidas para preservar o sangue dos pacientes lançar mão de pré-deposito de sangue autólogo tem sido utilizado de forma crescente, como também o uso dos cell-savers. No nosso país estes recursos ainda são pouco utilizados devido aos custos envolvidos. A outra abordagem é de reduzir a perda sanguínea durante a cirurgia com a utilização de métodos farmacológicos.
 

Cleiton Sandro da Silva Vieira, Acadêmico do curso de Odontologia da faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE.



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