segunda-feira, 15 de setembro de 2014


UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
 
 
 
 
"SÍFILIS: DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE"
João Carlos Regazzi Avelleira
Giuliana Bottino
 
 João Carlos Regazzi Avelleira é Doutor em medicina, Professor-associado do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay. Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E a Giuliana Bottino é Médica, pós-graduanda do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay. Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Na primeira página, o artigo fornece uma visão geral sobre a Sífilis e situa o leitor sobre o histórico da doença, revela o agente etiológico: Treponema pallidum, e a droga mais eficaz desde 1943, a penicilina.
Segundo os próprios autores, a Sífilis é uma doença infectocontagiosa, transmitida pela via sexual e verticalmente durante a gestação. Caracteriza-se por períodos de atividade e latência; pelo acometimento sistêmico disseminado e pela evolução para complicações graves em parte dos pacientes que não trataram ou que foram tratados inadequadamente.
 
          A moléstia que desafia há séculos a humanidade, acomete praticamente todos os órgão e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais. Transformou- se em uma das principais pragas Mundiais devido sua rápida disseminação por todo o continente Europeu no final do século XV.
A doença recebeu várias sinonímias: mal espanhol, mal italiano, mal francês foram utilizados até que o nome sífilis, derivado de um poema de Hieronymus Fracastorius, sedimentou- se como o principal. Era alarmante o crescimento da endemia sifilítica no século XIX. Em contrapartida a medicina se desenvolvia, e a síntese das primeiras drogas tornava- se realidade. O maior impacto provavelmente tenha sido a introdução da penicilina que, por sua eficácia, fez com que muitos pensassem que a doença estivesse controlada.
De acordo com a pesquisa, no início da década de 60 ocorreram mudanças na sociedade em relação ao comportamento sexual e o advento da pílula anticoncepcional fizeram que o número de casos novamente aumentasse. No final dos anos 70, com o aparecimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), houve um redimensionamento das doenças sexualmente transmissíveis.
 Segundo a OMS, estima- se que 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorreia, clamídia, tricomoníase). No Brasil, em 2003, estimaram-se 843 300 casos de sífilis. Os casos registrados de sífilis congênita entre 1998 e 2004 totalizaram 24.448. Ainda de acordo com a organização, a prevalência nos trópicos mostram que a sífilis, conforme a região, é a segunda ou terceira causa de úlcera genital (outras são o cancro mole e herpes genital).
 
O artigo ainda apresenta informações sobre a Sífilis congênita e a associação da Sífilis com a Aids.  A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica T. pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto por via transplacentária (transmissão vertical). As interações entre a sífilis e o vírus HIV acontecem pelo fato de que ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e aumentam sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e transmitir o vírus HIV.                   
Quanto ao tratamento, a descoberta do poder bactericida do fungo Penicilium notatus, por Fleming, modificou radicalmente a história da sífilis e de outras doenças infecciosas. Outros medicamentos como ceftriaxone e azitromicina demonstraram atividade, mas não são superiores à penicilina, devendo ser mantidas como drogas de segunda linha.
É explícito o alerta dos autores para a prevenção, controle da enfermidade e o diagnóstico precoce. Ainda, podemos notar a preocupação dos mesmos em relação a informação para a população geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis: profissionais do sexo, usuários de drogas intravenosas, sobre a doença e as formas de evitá-la. É importante o aconselhamento ao paciente procurando mostrar a necessidade da comunicação ao parceiro e o estímulo ao uso dos preservativos na relação sexual. A reciclagem constante e continuada das equipes de saúde integra esse conjunto de medidas para prevenção e controle da sífilis.
 
Cleiton Sandro da Silva Vieira, Acadêmico do curso de Odontologia da faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE.
 
 
 
 
 
 

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