UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE
PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
"SÍFILIS:
DIAGNÓSTICO,
TRATAMENTO E
CONTROLE"
João Carlos Regazzi Avelleira
Giuliana Bottino
João Carlos
Regazzi Avelleira é Doutor em medicina, Professor-associado do
Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay. Santa Casa de Misericórdia
do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E a Giuliana Bottino é Médica,
pós-graduanda do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay. Santa Casa
de Misericórdia do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Na
primeira página, o artigo fornece uma visão geral sobre a Sífilis e situa o
leitor sobre o histórico da doença, revela o agente etiológico: Treponema pallidum, e
a droga mais eficaz desde 1943, a penicilina.
Segundo os próprios
autores, a Sífilis é uma doença infectocontagiosa, transmitida pela via sexual
e verticalmente durante a gestação. Caracteriza-se por períodos de atividade e
latência; pelo acometimento sistêmico disseminado e pela evolução para
complicações graves em parte dos pacientes que não trataram ou que foram
tratados inadequadamente.
A moléstia que desafia há séculos a
humanidade, acomete praticamente todos os órgão e sistemas, e, apesar de ter
tratamento eficaz e de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde
pública até os dias atuais. Transformou- se em uma das principais pragas Mundiais
devido sua rápida disseminação por todo o continente Europeu no final do século
XV.
A doença recebeu
várias sinonímias: mal espanhol, mal italiano, mal francês foram utilizados até
que o nome sífilis, derivado de um poema de Hieronymus Fracastorius,
sedimentou- se como o principal. Era alarmante o crescimento da endemia
sifilítica no século XIX. Em contrapartida a medicina se desenvolvia, e a
síntese das primeiras drogas tornava- se realidade. O maior impacto
provavelmente tenha sido a introdução da penicilina que, por sua eficácia, fez
com que muitos pensassem que a doença estivesse controlada.
De acordo com a pesquisa,
no início da década de 60 ocorreram mudanças na sociedade em relação ao
comportamento sexual e o advento da pílula anticoncepcional fizeram que o
número de casos novamente aumentasse. No final dos anos 70, com o aparecimento
da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), houve um redimensionamento
das doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo a OMS, estima- se que 340
milhões o número de casos novos de DST curáveis (sífilis, gonorreia, clamídia,
tricomoníase). No Brasil, em 2003, estimaram-se 843 300 casos de sífilis. Os
casos registrados de sífilis congênita entre 1998 e 2004 totalizaram 24.448.
Ainda de acordo com a organização, a prevalência nos trópicos mostram que a sífilis,
conforme a região, é a segunda ou terceira causa de úlcera genital (outras são
o cancro mole e herpes genital).
O artigo ainda
apresenta informações sobre a Sífilis congênita e a associação da Sífilis com a
Aids. A sífilis congênita é o resultado
da disseminação hematogênica T. pallidum da gestante infectada não tratada ou
inadequadamente tratada para o concepto por via transplacentária (transmissão
vertical). As interações entre a sífilis e o vírus HIV acontecem pelo fato de
que ambas as doenças são transmitidas principalmente pela via sexual e aumentam
sua importância porque lesões genitais ulceradas aumentam o risco de contrair e
transmitir o vírus HIV.
Quanto ao tratamento,
a descoberta do poder bactericida do fungo Penicilium notatus, por Fleming,
modificou radicalmente a história da sífilis e de outras doenças infecciosas. Outros medicamentos como ceftriaxone e azitromicina
demonstraram atividade, mas não são superiores à penicilina, devendo ser
mantidas como drogas de segunda linha.
É explícito o
alerta dos autores para a prevenção, controle da enfermidade e o diagnóstico
precoce. Ainda, podemos notar a preocupação dos mesmos em relação a informação
para a população geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis:
profissionais do sexo, usuários de drogas intravenosas, sobre a doença e as
formas de evitá-la. É importante o aconselhamento ao paciente procurando
mostrar a necessidade da comunicação ao parceiro e o estímulo ao uso dos
preservativos na relação sexual. A reciclagem constante e continuada das
equipes de saúde integra esse conjunto de medidas para prevenção e controle da
sífilis.
Cleiton Sandro da Silva Vieira, Acadêmico do curso de
Odontologia da faculdade de odontologia de Pernambuco FOP/UPE.
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